quarta-feira, 4 de março de 2015

Dilemas de uma Ceramista #5

Porque a vida de Ceramista Principiante, serve precisamente para ganhar experiência, cá vai mais um dilema de ceramista.

Como em dilemas anteriores ficámos sem madre da peça decidimos então arriscar o silicone próprio para este tipo de materiais.

O silicone utilizado foi o shore 28 de cor verde da Loja do Ceramista. É composto por duas partes que serão misturadas em quantidades exactamente iguais.
Aconselho a "forrar" a bancada com jornal, usar recipientes velhos porque poderão ir para o lixo e a usar luvas.

4 horas depois e a madre em silicone estava pronta, com alguma dificuldade para abrir o molde por culpa do vácuo, mas estava fantástica.

O que não ficou fantástico, mas que deveria ter ficado, foi o nosso novíssimo molde. Ao que parece não era suposto mas de facto deixamos de conseguir tirar peças como deve ser.

Explicação possível:
O silicone fechou alguns poros do gesso e portanto as peças não secam nem saem tão bem, ainda assim pelo que averiguámos o molde deveria estar a funcionar.

Solução "provisória":
Além de fazer um molde novo, que já se encontra a secar, foi limpar bem o molde, lixar um pouco e colocar um pouco de pó de talco, espalhar bem e experimentar.

Brevemente o resultado.


Dilemas de uma Ceramista #4

O resultado do dilema #3:

Para concluir o dilema anterior tenho a dizer-vos que o problema não se prendia no molde, estava ainda bom para tirar umas quantas peças, o que ficou realmente preso foi o gesso da madre que tentei tirar e portanto nada feito!

Ao que parece deveria ter usado um gesso diferente, sim eu sei que deveria saber isto mas de facto na faculdade nunca o fiz portanto irei averiguar melhor. O certo é que com este dilema vem um dilema novo, não há madre e também não hà molde antigo o que resulta numa enorme e variadíssima carga de nervos!!!

Contudo hà sempre um lado bom e mesmo tendo começado tudo do 0 (incluindo peça original) o novo molde e peça estão ainda mais perfeitos, sem prisões, mais direitos e mais simétricos.

Com isto aprendi também que para cada tipo de pasta devemos ter em atenção a dosagem do gesso.
Pelo que me disseram, para moldes que vão servir a porcelana o ideal é que tenha menos gesso, ou seja em vez dos habituais 1.200 de gesso para 1 de água o ideal é que seja dentro dos 900 de gesso para 1 de água, que torna o molde menos durável mas mais eficiente.

O molde novo que fizemos ficou no meio, 1 para 1, para não haver grande risco.

Volto em breve com mais dilemas.